A cirurgia refrativa é indicada para corrigir erros refrativos com o objetivo de reduzir ou eliminar a dependência de óculos ou lentes de contato. Os erros refrativos mais comuns são miopia, hipermetropia e astigmatismo. Portanto, a cirurgia refrativa pode ser recomendada quando:
- Miopia: quando a pessoa tem dificuldade em enxergar objetos distantes com clareza.
- Hipermetropia: quando a pessoa tem dificuldade em enxergar objetos próximos com clareza.
- Astigmatismo: quando a pessoa apresenta visão distorcida, tanto de perto quanto de longe.
No entanto, nem todas as pessoas com erros refrativos são candidatas ideais para a cirurgia refrativa. A indicação depende de vários fatores, incluindo a estabilidade do erro refrativo ao longo do tempo, a saúde ocular geral, a idade e as expectativas do paciente.
Quando o paciente está apto a realizar uma cirurgia refrativa?
Um paciente está apto a fazer uma cirurgia refrativa quando atende a certos critérios estabelecidos pelo oftalmologista especializado. Alguns dos principais requisitos incluem:
Estabilidade do erro refrativo
O erro refrativo, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo, deve estar estável por pelo menos um ano, sem alterações significativas.
Idade adequada
A cirurgia refrativa é mais comumente realizada em pessoas com mais de 18 anos, uma vez que o erro refrativo pode continuar a progredir até essa idade. No entanto, em alguns casos, adolescentes mais velhos também podem ser considerados como candidatos.
Boa saúde ocular
O paciente deve ter uma saúde ocular geralmente boa, sem doenças oculares ativas, como glaucoma, catarata avançada, ceratocone ou infecções oculares.
Espessura corneana adequada
A espessura corneana do paciente deve ser suficiente para permitir a realização do procedimento, seja através do LASIK, PRK ou outro método de cirurgia refrativa.
Estabilidade geral da saúde
O paciente deve estar em boa saúde geral, livre de doenças crônicas ou condições médicas que possam interferir no processo de cicatrização ou na recuperação pós-operatória.
Além disso, é importante que o paciente tenha expectativas realistas em relação aos resultados da cirurgia refrativa e esteja disposto a seguir as orientações pós-operatórias para garantir uma recuperação adequada.
Cabe ressaltar que cada caso é único, e o oftalmologista especializado é a melhor pessoa para avaliar a aptidão de um paciente para a cirurgia refrativa, considerando todos os fatores individuais e histórico médico.
Tipos de técnicas de cirurgia refrativa
Existem diferentes técnicas de cirurgia refrativa, incluindo:
LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis)
A cirurgia refrativa, especificamente o LASIK, envolve a aplicação de laser após o levantamento de uma camada fina da córnea. Utilizando instrumentos precisos, como o Microcerátomo ou o Laser de Femtosegundo, é criada uma lamela, que é uma fina camada de tecido corneano.
Em seguida, o cirurgião utiliza o Excimer laser para remover uma quantidade específica de tecido corneano, remodelando a curvatura da córnea e corrigindo o erro refrativo. O tempo de aplicação do laser é rápido, levando apenas alguns segundos por olho, e pode corrigir altos graus de miopia, hipermetropia e astigmatismo.
A cirurgia é preferencialmente realizada nos dois olhos ao mesmo tempo, com anestesia tópica usando colírios. Durante o procedimento, é importante que o paciente esteja acordado e colaborativo, pois sua participação é necessária.
PRK (Photorefractive Keratectomy)
A cirurgia refrativa PRK (ceratectomia fotorrefrativa) é um procedimento utilizado para corrigir erros refrativos, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Ao contrário do LASIK, que envolve o levantamento de uma camada superficial da córnea, a PRK remove diretamente essa camada.
Durante a cirurgia PRK, o cirurgião remove a camada externa da córnea, conhecida como epitélio, com um instrumento especializado ou com o uso de um laser de excimer. Em seguida, o laser de excimer é aplicado para remodelar a córnea e corrigir o erro refrativo. Após o procedimento, um curativo de lente de contato terapêutica é colocado no olho para proteger a área tratada enquanto o epitélio se regenera.
A recuperação da cirurgia PRK pode ser um pouco mais lenta do que o LASIK, pois leva alguns dias para o epitélio se regenerar completamente. Durante esse período, é necessário seguir as instruções médicas para cuidar do olho, usar colírios e evitar atividades que possam afetar a cicatrização.
A cirurgia refrativa PRK é uma opção adequada para pessoas com córneas mais finas ou que não são candidatas ao LASIK devido a certas condições oculares.
LASEK (Laser Epithelial Keratomileusis)
Similar ao PRK, mas com o uso de álcool ou uma solução especial para amolecer a camada externa da córnea antes de remover o tecido.
Cuidados gerais de pós-operatório
No entanto, para garantir o melhor resultado possível, existem alguns cuidados que devem ser mantidos durante o primeiro mês, como:
- Não esfregar os olhos por pelo menos 15 dias;
- Limpar os olhos com gaze e soro fisiológico diariamente;
- Manter as mãos sempre limpas;
- Usar a proteção ocular pelo tempo indicado pelo médico;
- Descansar e ficar de repouso para se recuperar mais rápido;
- Usar os colírios indicados pelo médico;
- Não entrar na piscina ou no mar;
- Não usar maquiagem por 30 dias;
- Usar óculos de sol.
Possíveis complicações
A cirurgia refrativa é considerada muito segura, no entanto, como em qualquer tipo de cirurgia, podem ocorrer algumas complicações como:
- Inflamação ocular;
- Piora dos problemas de visão;
- Cicatriz superficial na córnea;
- Inchaço na córnea;
- Infecção no olho;
- Visão embaçada ou perda da visão;
- Sensibilidade à luz;
- Enxergar círculos em volta das luzes;
- Enfraquecimento da córnea;
- Catarata.
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A Clinica La Vue tem 20 anos de experiência no mercado e conta com uma moderna infra-estrutura e localização de fácil acesso, além da excelente qualidade de toda equipe profissional. Os nossos médicos têm carreiras consolidadas no mercado e são reconhecidos nacionalmente, como o Dr. Claudio Lottenberg que foi Presidente da Sociedade Brasileira de Laser e Cirurgia em Oftalmologia e atua como presidente do conselho do Hospital Israelita Albert Einstein. Nossos outros profissionais possuem título de especialistas em cirurgia refrativa, cirurgia de catarata, oftalmologia geral, glaucoma clínico e cirúrgico e retina clínica.
Dr. Claudio Lottenberg
Mestre e Doutor em oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP
É presidente do conselho do Hospital Israelita Albert Einstein
Dra. Carolina Engelbrecht
Especialização em Oftalmologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Especialidade em Cirurgia Refrativa e Cirurgia de Catarata
Dr. Luis Guilherme M. Pimentel
Especialização em Oftalmologia na UNIFESP/EPM
Especialidade em Oftalmologia Geral, Glaucoma Clínico e Cirúrgico
Dr. Diego Monteiro Verginassi
Especialização em Oftalmologia na UNIFESP/EPM
Especialidade em Oftalmologia Geral, Retina Clínica e Cirúrgica