Estrabismo

A detecção das anomalias da visão representa um problema de saúde pública

Somente com completa cooperação dos pais e do pediatra que o Oftalmologista poderá detectar e tratar estas crianças nos primeiros anos de vida, fase essencial no desenvolvimento das funções visuais.

 

Etapas do desenvolvimento
Entre a segunda e a quarta semana de vida, aparece o reflexo de acompanhamento com os olhos, entre a quarta e a 12 semana de vida, aparece o reflexo de fusão e coordenação binocular, após o terceiro mês de vida, a criança é atraída por uma forma estruturada que se destaca, os reflexos de convergência e de fixação em um objeto fixo aparecem e entre o quarto e quinto mês, a criança enxerga e coordena o que vê e o que pega, onde a coordenação “olhar- cabeça – mão” aparece.

 

Exames oftalmológicos sugeridos
No quarto mês de vida, será procurado sinais de estrabismo, nistagmo ou anomalias do comportamento visual. Aos 2 anos, a apreciação da acuidade visual é possível por métodos adaptados , após 6 anos devemos proceder ao exame oftalmológico completo.

 

Sinais de baixa visão em crianças
Incoordenação ocular, olhar vago, estrabismo, nistagmo, pupila esbranquiçada, malformação das pálpebras e anomalias de tamanho da córnea .

O ideal é detectar as anomalias oculares em crianças entre o nono e o décimo segundo mês de vida.

A ambliopia ou “olho preguiçoso” é uma condição do sistema visual, aonde a transmissão da informação de um ou ambos os olhos para o cérebro é alterada, na ausência de afeção orgânica. As principais consequências são baixa da acuidade visual e falta de percepção de profundidade.

A ambliopia é decorrente a obstáculos ao desenvolvimento normal da visão. Há neutralização sistemática cortical das vias aferentes na infância. Esta deficiência funcional é permanente, sendo uma das mais frequentes causas de baixa visão que pode ser diagnosticada e tratada.

No Brasil, estima-se que a ambliopia ocorra em 2,8% das crianças entre 4 a 6 anos de idade. O diagnóstico de ambliopia é um diagnóstico de exclusão de qualquer causa orgânica.

A frequência justifica um exame oftalmológico sistemático antes da escolarização. A ambliopia exige a detecção precoce: Toda criança com história familiar (ambliopia, estrabismo, erros refrativos …) e pessoal ( foria, sinais de deficiência visual ou distúrbios do desenvolvimento, ausência de transparência da córnea, ect) deve ser monitorada para impedir a instalação de uma ambliopia permanente.

 

Formas existentes

  1. Ambliopia estrábica: devido à neutralização das aferências visuais pelo desvio dos eixos visuais.
  2. Ambliopia anisometrópica: devido à neutralização sistemática de aferências visuais em um olho quando há significativa diferença na refração entre os olhos (elimina a visão turva resultante)
  3. Ambliopia refrativa: devido à neutralização sistemática das aferências visuais no olho com erro refrativo não corrigido (eliminando a visão turva resultante)
  4. Ambliopia de privação (anopsie): devido à completa ausência de aferências visuais de um olho, por exemplo catarata congênita, ptose palpebral, etc.

Tratamento da ambliopia: O desenvolvimento da função visual ocorre nos primeiros anos de vida. O diagnóstico precoce é necessário para um tratamento eficaz (até 8 anos no máximo).

Profilaxia: Temos que pensar na ambliopia e preveni-la desde a pequena infância, daí a necessidade de verificar regularmente a ausência de desconforto na visão monocular.

  • Corrigir o mais precocemente possível as anomalias da visão que possam interferir com a aprendizagem.
  • Oclusão do olho dominante para promover a estimulação do olho amblíope, e correção óptica adequada.
  • A ambliopia só melhora com tratamento adequado.
  • A correção cirúrgica de uma heteroforia significativa pode ser necessária para recuperar uma visão bilateral satisfatória.

 

Monitoramento
O acompanhamento regular das crianças até a resolução completa do problema exige a colaboração dos pais, dos médicos escolares, clínicos gerais e pediatras.

Na ausência de diagnóstico precoce e tratamento adequado, é grande o risco de perda da função visual do olho (acuidade visual baixa unilateral), que pode impedir o indivíduo na idade adulta de postular postos de trabalho como militar, piloto de aeronave, motorista profissional, etc.

Dr. Claudio Lottenberg

Geral, Córnea, Catarata e Refrativa

Dr. Diego Monteiro Verginassi

Geral, Retina e Vítreo e Trauma Ocular

Dra. Carolina Engelbrecht

Geral, Catarata e Refrativa

Dr. Luiz Guilherme M. Pimentel

Geral, Glaucoma Clínico e Cirúgico

Dra. Lilian Arantes Peixoto

Geral e Retina Clínica

Dra. Marina Lourenço de Conti

Plástica Ocular

Dra. JULIA ROSENBLATT

Oftalmologia pediátrica

Dr. FERNANDO PAULO MAIA

Oftalmologia

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