Córnea

Doenças Infecciosas

 

A presença de dor ocular acompanhada de hiperemia necessita um exame oftalmológico para diagnóstico e tratamento rápido.

A herpes ocular mais frequente é o “Herpes Simplex tipo 1 HSV 1” comum na população em geral, porém, o mesmo não causa infecções oculares com frequência.

A primo → infecção herpética pode passar despercebida na infância, associando febre, adenopatias pré-auriculares, conjuntivite folicular e até ceratite epitelial.

A ceratite herpética se apresenta sob diversas formas:

  • Ceratite superficial
  • Ceratite estelar
  • Ceratite dendrítica, forma típica
  • Ceratite geográfica


As ceratites herpéticas recidivantes são associadas às alterações do estado geral. Os raios ultravioletas do sol e a febre são fatores predisponentes. Até 45 % dos pacientes apresentam recaída nos dois anos seguintes à primo-infecção.

As ceratites estromais são disciformes, localizadas profundamente no estroma, evoluindo em cicatrizes corneanas possivelmente vascularizadas, ou podem ser intersticiais, com múltiplas opacidades estromais e com uveíte anterior, responsáveis por afinamento corneano importante, que podem levar à perfuração corneana.

Tratamento

Os Antivirais são de grande eficácia e bem tolerados. Existem várias opções no mercado. O tratamento é eficaz com possibilidade de levar a uma cicatriz corneana localizada.

Prevenção das Recidivas

Após três recidivas por ano da ceratite epitelial;
Após duas recidivas por ano da ceratite estromal ou da cerato-uveite;

A síndrome do olho seco é uma anomalia de superfície ocular cada vez mais frequente.

A doença crônica e multifatorial geralmente é atribuída a insuficiência ou instabilidade do filme lacrimal, resultado de mecanismos inflamatórios, mecânicos, tóxicos ou/e iatrogênicos.

Os sintomas observados dependem da implicação tanto da superfície córneo-conjuntival como das pálpebras e do filme lacrimal. Este último, é resultado da mistura de três fases, lipídica, mucosa e aquosa.

Diversas circunstâncias podem alterar a composição do filme lacrimal. O alívio dos sintomas é baseado na compreensão do mecanismo fisiopatológico da origem da afecção. Pode-se perceber em graus diferentes, sensações de irritação, areia, hiperemia, lacrimejamento ou prurido. Nas formas avançadas, até visão turva com ceratites ou úlceras de córnea.

Fatores de risco

Doenças auto-imunes, trabalho no computador, blefarites, uso de remédios antidepressivos, antihistamínicos, rosácea, menopausa, baixa umidade do ar, etc.

A exploração do olho seco inicia-se pela anamnese à procura de fatores de risco, seguida pela identificação do tipo de olho seco através de diversos testes disponíveis ( Break up time, Teste de Schirmer, Teste da Rosa Bengala, etc.) Em certos casos, a síndrome do olho seco pode ser relacionada a doenças autoimunes como a Síndrome de Sjogren ou Síndrome de Stevens- Johnson.

Várias opções terapêuticas estão disponíveis, desde os substitutos lacrimais sem conservantes até os imunomoduladores tópicos, soro autólogo e anti inflamatórios orais.

Patologia degenerativa caracterizada pelo afinamento progressivo e aumento da curvatura da córnea, resultando em um astigmatismo com baixa da acuidade visual. A doença ocorre por combinação das suas características genéticas (apesar de nenhum gene ter sido detectado ainda) e de fatores ambientais. Parece confirmada a ligação entre a utopia e ceratocone. O Ceratocone inicia-se na adolescência, geralmente bilateral, pode evoluir rapidamente ou levar anos para se desenvolver.

O Diagnóstico

Pacientes com Ceratocone têm geralmente modificações nas prescrições dos seus óculos em curtos períodos de tempo, e os óculos já não fornecem uma correção visual satisfatória, se queixam de visão borrada e distorcida, halos em torno das luzes e fotofobia. Porém, a maior parte dos ceratocones são infra clínicos e somente descobertos na ocasião de exames de rotina.

O exame de biomicroscopia pode detectar sinais da patologia e a confirmação se faz pela análise topográfica da superfície corneana.

Existe uma forma de ceratocone chamada de “forma frustra” inicialmente descrita por Amsler em 1937, que é uma forma leve que ocorre a qualquer momento da vida. A condição se manifesta com uma zona central ou paracentral de astigmatismo irregular de etiologia desconhecida. O mais surpreendente do ceratocone frustro é a sua falta de progressão, permanecendo estável por toda a vida do paciente.

Casos leves

Nesse grupo se encontram a maior parte dos casos de Ceratocone. É possível o uso confortável de lentes de contato e/ou obtenção de boa visão com óculos. Topografias corneanas em série mostram relativa estabilidade da região abaulada da córnea.

Casos moderados

Os diferentes modelos de lentes de contato são pouco tolerados e os óculos passam a não fornecer boa visão. Pode se fazer necessário o tratamento cirúrgico. Atualmente, as opções disponíveis são Crosslink e implante de anel intra-corneano.

Casos avançados

Nesse estágio, a córnea se torna excessivamente cônica ou apresenta redução de sua transparência. Assim, o transplante de córnea passa a ser a única opção de tratamento.

Dr. Claudio Lottenberg

Geral, Córnea, Catarata e Refrativa

Dr. Diego Monteiro Verginassi

Geral, Retina e Vítreo e Trauma Ocular

Dra. Carolina Engelbrecht

Geral, Catarata e Refrativa

Dr. Luiz Guilherme M. Pimentel

Geral, Glaucoma Clínico e Cirúgico

Dra. Lilian Arantes Peixoto

Geral e Retina Clínica

Dra. Marina Lourenço de Conti

Plástica Ocular

Dra. JULIA ROSENBLATT

Oftalmologia pediátrica

Dr. FERNANDO PAULO MAIA

Oftalmologia

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