Doenças Degenerativas
Ceratocone
Patologia degenerativa caracterizada pelo afinamento progressivo e aumento da curvatura da córnea, resultando em um astigmatismo com baixa da acuidade visual. A doença ocorre por combinação das suas características genéticas (apesar de nenhum gene ter sido detectado ainda) e de fatores ambientais. Parece confirmada a ligação entre atopia e ceratocone.
O Ceratocone inicia-se na adolescência, geralmente bilateral, pode evoluir rapidamente ou levar anos para se desenvolver.
O diagnóstico: Pacientes com Ceratocone têm geralmente modificações nas prescrições dos seus óculos em curtos períodos de tempo, e os óculos já não fornecem uma correção visual satisfatória, se queixam de visão borrada e distorcida, halos em torno das luzes e fotofobia. Porém, a maior parte dos ceratocones são infra clínicos e somente descobertos na ocasião de exames de rotina.
O exame de biomicroscopia pode detectar sinais da patologia e a confirmação se faz pela análise topográfica da superfície corneana.
Existe uma forma de ceratocone chamada de “forma frustra” inicialmente descrita por Amsler em 1937, que é uma forma leve que ocorre a qualquer momento da vida. A condição se manifesta com uma zona central ou paracentral de astigmatismo irregular de etiologia desconhecida. O mais surpreendente do ceratocone frustro é a sua falta de progressão, permanecendo estável por toda a vida do paciente.
Casos leves: Nesse grupo se encontram a maior parte dos casos de Ceratocone. É possível o uso confortável de lentes de contato e/ou obtenção de boa visão com óculos. Topografias corneanas em série mostram relativa estabilidade da região abaulada da córnea.
Casos moderados: Os diferentes modelos de lentes de contato são pouco tolerados e os óculos passam a não fornecer boa visão. Pode se fazer necessário o tratamento cirúrgico. Atualmente, as opções disponíveis são Crosslink e implante de anel intra-corneano.
Casos Avançados: Nesse estágio, a córnea se torna excessivamente cônica ou apresenta redução de sua transparência. Assim, o transplante de córnea passa a ser a única opção de tratamento.